Último Beijo
Muitos falam do primeiro, poucos falam do último. Talvez porque o ultimo se revela, mais tarde, quando se confirma que o é, o mais melancólico. É indefinido, tantas vezes não lembrado, porque não sabíamos, na altura em que o demos, que era o último? Necessariamente fugaz, de despedida, de esperança que venham outros, nunca sabendo realmente se virão. Depois dele, somos nós que nos vamos ou vão outros por nós?
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8 comentários:
Alex,
Espero que este sentimento de melancolia que me tomou ao ler este teu último escrito, não tenha qualquer fundamento ou um fundo de verdade! Ou terá?! Não gostava nada de ficar triste...Tá a pecebê??!!
I Hope not...
Beijos
Júlia
A verdade é complexa e multifacetada, principalmente em alturas de mudança. Hoje escrevo assim, outros dias outras coisas sairão. Alguns textos, como este, não saem de rajada, são processos iterativos, instintos, às vezes, de semanas que evoluem de pequena em pequena mutação. Misturam presente, perspectivam futuros e refundem ecos do passado, muitas vezes longínquo.
Nunca pensei nos últimos. Terão sido inesperados? Quem sabe... mas facilmente me lembro das últimas palavras.
Mas não quero dar o último beijo
Não me apetece saber como é.
Se der, que eu não saiba que é o último. E isto vale para todas a pessoas que amo.
Beijinhos
...e quantas vezes não se sabe ser o último, não é?
Saudações
Amigos,
Hoje dei por mim aqui a reflectir sobre esta coisa de ser o último ou o 1º... E olhando para trás, procurando nas memórias que a minha ainda "curta" existência me deixou, pensei... Algumas vezes o 1º foi ao mesmo tempo o último... e outras tantas, o último foi o 1º de algo que aí começa...
Vale a pena pensar nisto...
E a vida é bela!!!
Beijos
Júlia
'... o último foi o 1º de algo que aí começa...'
:) É isso, sim. E o que 'aí' começa, Júlia... dava um conto. A tua frase dava um conto!
AH! Não disse: mas gostei muito do desenho!
Continua a surpreender-me o facto de as palavras “poéticas” que me saem terem alguma aceitação positiva junto de alguns de vocês. Totalmente inesperado, para mim mesmo, é o facto de me saírem bonecos com sentido emocional, que não parecem apenas rabiscos.
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